Vereador Aranha cobra pulso firme do prefeito e diz que
Município pode ser responsabilizado por acidentes.
“Desculpe o transtorno. Estamos trabalhando
para você.” Os dizeres das placas, além de desgastados, são velhos
conhecidos da população de Nanuque, mas não amenizam a revolta, o incômodo e os
transtornos causados pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), quando ela se mete a assumir responsabilidade por serviços nas ruas, mexendo com a infraestrutura da cidade. Na maioria das
vezes, as obras se arrastam por meses, quando poderiam ser concluídas em uma
semana.
Placas: dizeres manjados e população desrespeitada |
Desta vez, é o vereador Antonio Carlos Aranha Ruas que
denuncia o serviço que vem sendo feito há quase dois meses na Avenida Santos
Dumont, quarteirão entre as ruas Ladainha e Novo Cruzeiro, em pleno centro
comercial. Segundo ele, “é um exemplo de negligência, desleixo e total falta de
compromisso com a sociedade”.
Tem dia que não aparece ninguém para trabalhar. Poeira e barulho insuportáveis |
Por causa dos trabalhos, o trânsito foi todo desviado
para uma única pista ao lado. “Nós entendemos que os serviços precisam ser
executados, claro, mas o problema é a demora, a irresponsabilidade. Eles interditaram
a pista, começaram a cavar, mas logo em seguida a obra foi paralisada. A gente
passa lá durante o dia e não vê ninguém trabalhando. De repente, retomam as
obras e suspendem novamente no dia seguinte. Nessa embromação, já vai se arrastando
por dois meses”, reclamou Aranha. "Comerciantes e moradores vêm reclamando nas redes sociais e até vídeos foram gravados."
Quarteirão interditado (mapa Google) |
O vereador cobra pulso firme do prefeito e diz que o
Município pode ser responsabilizado em caso de acidentes, já que por ali
transitam caminhões, ônibus, automóveis de passeio, motos, bicicletas e
pedestres. “Roberto precisa ser mais enérgico e cobrar uma melhor postura da
empresa, pois o cronograma não está sendo cumprido. Ninguém sabe que dia o
trabalho será concluído. Uma vergonha! Que Deus não permita, mas se
eventualmente algum acidente acontecer, o Município pode ser responsabilizado”.
Enquanto isso, Aranha se solidariza com a população,
principalmente com os comerciantes e prestadores de serviços que trabalham nas
imediações. “É muita poeira, barulho insuportável de máquinas, veículos
disputando o espaço que já é estreito, e ainda tem gente que estaciona naquele
trecho. Aquela situação está beirando o caos. Volto a dizer: o prefeito precisa
ter alguma iniciativa! Está chegando a temporada de Natal e Ano-Novo, maior
movimentação de pessoas, e se nada for feito, vai fechar o ano e começar 2018
com essa esculhambação”, concluiu Aranha.
No início deste ano, durante reunião entre representantes da empresa com o poder público, constatou-se uma enorme falha na comunicação entre Copasa e comunidade, já que, sem nenhum aviso prévio, serviços começam a ser feitos, buracos são abertos, trabalho é interrompido, e, ao final, ninguém resolve nada.
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