segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

9 ANOS DEPOIS, ARANHA VOLTA A SUGERIR PROGRAMA “CARNAVAL PARA TODOS” EM NANUQUE

Vereador teve a ideia em 2009 e insistiu em 2010 e 2011, mas sem sucesso.


A primeira vez que ele apresentou a sugestão na Câmara foi em 2009; o prefeito na época, Nide Alves de Brito, não atendeu. Depois, ele voltou a apresentar a proposta em 2010 e 2011, sem sucesso nas duas vezes. Agora, nove anos depois de ter tido a ideia, o vereador Antonio Carlos Aranha Ruas (PSD) retira do baú pela quarta vez a proposta que recomenda ao prefeito a instituição do Programa “Carnaval Para Todos”, destinado a resgatar os festejos carnavalescos e integrar moradores do centro e dos bairros de Nanuque.

“Espero que o atual prefeito tenha clareza para entender a importância e o alcance social da proposta”, diz Aranha.

É COMO SE NANUQUE 
VIRASSE "CIDADE FANTASMA”
NO CARNAVAL


O vereador argumenta: “Todos os anos, durante os dias de Carnaval, a história se repete - milhares de pessoas deixam a cidade, sendo que a maioria parte rumo às praias do litoral da Bahia e do Espírito Santo, como opção para os quatro dias de folia. Quem permanece em Nanuque fica completamente alijado de qualquer tipo de diversão. Ocorre a nítida impressão de uma cidade vazia. O poder público não oferece qualquer atrativo para a população; bares, restaurantes e outros locais de lazer fecham suas portas. Fica um aspecto de ‘cidade fantasma’.”

CIDADES RESGATARAM E TRANSFORMARAM OS SEUS CARNAVAIS EM ATRATIVOS TURÍSTICOS

Por isso, na esperança de uma resposta do Executivo, Aranha reforça o pedido mais uma vez, acreditando ser possível começar a mudar esse triste cenário. “Temos o exemplo de algumas cidades mineiras que assumiram o compromisso de resgatar a beleza e a tradição da festa mais popular do Brasil e decidiram oferecer opções visando proporcionar diversão para seus moradores e atrair foliões de outras cidades. Ouro Preto, Mariana, Diamantina, São João del-Rei, Tiradentes e Sabará são cidades históricas que fazem parte de qualquer roteiro turístico do País." 


Prossegue o vereador eu seu raciocínio: "Evidentemente, não temos a presunção de relacionar Nanuque no mesmo nível destas cidades históricas, mas não podemos fechar os olhos para milhares de famílias que aqui permanecem durante o Carnaval – seja por opção ou mesmo por falta de recursos financeiros para deslocamento até cidades praianas. São crianças, jovens, adultos e idosos que merecem atenção do poder público, que têm direito a se divertir”.

Dessa forma, acredita Aranha que, “com o esforço do poder público, em parceria com a Câmara Municipal, associações de bairro, escolas, entidades, artistas e voluntários, é possível criar opções capazes de se criar uma nova cultura carnavalesca local”.

O vereador busca exemplos também na história de Nanuque, que completou 69 anos de emancipação em dezembro último. “Revendo nossa história, constata-se que Nanuque já foi referencial dos grandes carnavais. Então, por que não resgatar esse nosso traço cultural?”

TUDO PODE SER FEITO GASTANDO O MÍNIMO DE DINHEIRO


Ele sugere providências que podem ser viabilizadas mediante poucos recursos, desde que haja vontade de fazer por parte do poder público e da sociedade organizada, como, por exemplo:

-  Promoção de bailes carnavalescos nos clubes;
-  Shows musicais nos bairros, com disputas premiadas para as categorias: axé, forró, funk, pagode e marchinhas;
-  Concursos de letras e músicas carnavalescas nas escolas;
-  Incentivo à formação de blocos nos bairros;
-  Programação festiva na Lagoa dos Namorados;
-  Concurso de fantasias.

“São apenas algumas sugestões que eu apresentei em 2009, mas que serão fortalecidas com a colaboração de todos, caso esta proposta venha a merecer atenção especial do prefeito”. Lembrou que, exatamente para incentivar o movimento de valorização da folia das cidades históricas, as secretarias de estado de Cultura e Turismo liberaram, em 2010, cerca de R$ 20 mil para cada município. O dinheiro foi usado para ajudar na contratação de artistas locais e bandas regionais.

ESPERANÇA


Aranha finaliza: “O que não podemos é permitir que uma parcela da população continue tendo todas as opções de divertimento durante o Carnaval, em detrimento da maioria dos moradores, que permanece na cidade restrita tão-somente a acompanhar os eventos pela televisão ou às pequenas comemorações entre familiares e amigos.  O Carnaval é a maior festa popular do País e precisa ser democratizada em Nanuque.”


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