Vereador teve a ideia em 2009 e insistiu em 2010 e 2011, mas sem sucesso.
A primeira vez que ele apresentou a sugestão na Câmara
foi em 2009; o prefeito na época, Nide Alves de Brito, não atendeu. Depois, ele
voltou a apresentar a proposta em 2010 e 2011, sem sucesso nas duas vezes. Agora,
nove anos depois de ter tido a ideia, o vereador Antonio Carlos Aranha Ruas (PSD)
retira do baú pela quarta vez a proposta que recomenda ao prefeito a
instituição do Programa “Carnaval Para Todos”, destinado a resgatar os festejos
carnavalescos e integrar moradores do centro e dos bairros de Nanuque.
“Espero que o atual prefeito tenha clareza para entender
a importância e o alcance social da proposta”, diz Aranha.
É COMO SE NANUQUE
VIRASSE "CIDADE FANTASMA”
NO CARNAVAL
O vereador argumenta: “Todos os anos, durante os dias de
Carnaval, a história se repete - milhares de pessoas deixam a cidade, sendo que
a maioria parte rumo às praias do litoral da Bahia e do Espírito Santo, como
opção para os quatro dias de folia. Quem permanece em Nanuque fica
completamente alijado de qualquer tipo de diversão. Ocorre a nítida impressão
de uma cidade vazia. O poder público não oferece qualquer atrativo para a
população; bares, restaurantes e outros locais de lazer fecham suas portas.
Fica um aspecto de ‘cidade fantasma’.”
CIDADES RESGATARAM E TRANSFORMARAM OS SEUS CARNAVAIS EM
ATRATIVOS TURÍSTICOS
Por isso, na esperança de uma resposta do Executivo,
Aranha reforça o pedido mais uma vez, acreditando ser possível começar a mudar
esse triste cenário. “Temos o exemplo de algumas cidades mineiras que assumiram
o compromisso de resgatar a beleza e a tradição da festa mais popular do Brasil
e decidiram oferecer opções visando proporcionar diversão para seus moradores e
atrair foliões de outras cidades. Ouro Preto, Mariana, Diamantina, São João
del-Rei, Tiradentes e Sabará são cidades históricas que fazem parte de qualquer
roteiro turístico do País."
Prossegue o vereador eu seu raciocínio: "Evidentemente, não temos a presunção de relacionar
Nanuque no mesmo nível destas cidades históricas, mas não podemos fechar os
olhos para milhares de famílias que aqui permanecem durante o Carnaval – seja
por opção ou mesmo por falta de recursos financeiros para deslocamento até
cidades praianas. São crianças, jovens, adultos e idosos que merecem atenção do
poder público, que têm direito a se divertir”.
Dessa forma, acredita Aranha que, “com o esforço do poder
público, em parceria com a Câmara Municipal, associações de bairro, escolas,
entidades, artistas e voluntários, é possível criar opções capazes de se criar
uma nova cultura carnavalesca local”.
O vereador busca exemplos também na história de Nanuque,
que completou 69 anos de emancipação em dezembro último. “Revendo nossa
história, constata-se que Nanuque já foi referencial dos grandes carnavais.
Então, por que não resgatar esse nosso traço cultural?”
TUDO PODE SER FEITO GASTANDO O MÍNIMO DE DINHEIRO
Ele sugere providências que podem ser viabilizadas
mediante poucos recursos, desde que haja vontade de fazer por parte do poder
público e da sociedade organizada, como, por exemplo:
- Promoção de
bailes carnavalescos nos clubes;
- Shows musicais
nos bairros, com disputas premiadas para as categorias: axé, forró, funk, pagode
e marchinhas;
- Concursos de
letras e músicas carnavalescas nas escolas;
- Incentivo à
formação de blocos nos bairros;
- Programação
festiva na Lagoa dos Namorados;
- Concurso de
fantasias.
“São apenas algumas sugestões que eu apresentei em 2009, mas
que serão fortalecidas com a colaboração de todos, caso esta proposta venha a
merecer atenção especial do prefeito”. Lembrou que, exatamente para incentivar
o movimento de valorização da folia das cidades históricas, as secretarias de
estado de Cultura e Turismo liberaram, em 2010, cerca de R$ 20 mil para cada
município. O dinheiro foi usado para ajudar na contratação de artistas locais e
bandas regionais.
ESPERANÇA
Aranha finaliza: “O que não podemos é permitir que uma
parcela da população continue tendo todas as opções de divertimento durante o
Carnaval, em detrimento da maioria dos moradores, que permanece na cidade
restrita tão-somente a acompanhar os eventos pela televisão ou às pequenas
comemorações entre familiares e amigos.
O Carnaval é a maior festa popular do País e precisa ser democratizada
em Nanuque.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário