PROJETO QUE PROÍBE ESTACIONAMENTO NA RUA LAMBARI É BARRADO NA CÂMARA

Vereador Aranha diz que assunto precisa ser discutido com a população

Para análise da Comissão de Redação, Justiça e Legislação da Câmara, o vereador Antonio Carlos Aranha Ruas (PSD) pediu vista do Projeto de Lei nº 22/2018, de 26/04/2018, que estabelece proibição de estacionamento de veículos em ruas centrais de Nanuque.

De autoria do prefeito Roberto de Jesus (PSDC), o documento proíbe o estacionamento de veículos na Rua Lambari, lado esquerdo, em três quarteirões - entre Avenida Santos Dumont e Rua Viçosa, Rua Viçosa e Rua Araçuaí e Rua Araçuaí e Pedra Azul.

Imagens Google maps

O projeto também torna obrigatório o transito de veículos em sentido único na Rua Caxambu, entre Rua Pedra Azul e Avenida Mucuri.

Na justificativa, o prefeito diz que o projeto “reflete um anseio de desobstruir aqueles trechos, uma vez que a proibição permitirá um melhor acesso aos munícipes, que, por vezes, sequer encontram, em determinados horários, vagas para seus veículos, cujo entorno se vê cercado por estacionamento nos dois lados das vias”, explicando que os locais indicados têm escolas e hospital em suas imediações, “necessitando de um trânsito livre e rápido”.

O projeto assinado pelo prefeito

Na opinião de Aranha, que é membro da comissão, “interferir em situações de trânsito no centro da cidade não pode ser uma decisão unilateral ou porque alguém  acha que tem de ser assim. Proibir estacionamento requer uma discussão com a comunidade. Em princípio, não é demanda da nossa cidade proibir estacionamento de um lado da Rua Lambari, porque ali tem uma igreja, o pronto-socorro, escolas, a Secretaria de Educação, Biblioteca, a unidade do Samu”, disse ele.

Aranha: mudanças no trânsito devem
ser discutidas com a população

O vereador diz que os três quarteirões mencionados não representam áreas de congestionamento ou de trânsito pesado, o que não justifica a proibição.

Sobre o art. 1º, que trata de trânsito em sentido único na Rua Caxambu, entre Rua Pedra Azul e Avenida Mucuri, Aranha diz que a comunidade também precisa ser consultada. “Não podemos sair por aí alterando o fluxo de veículos na cidade, sem discutir com a população”, acrescentou.

Aranha é componente da Comissão de Redação, Justiça e Legislação da Câmara, considerada a mais importante do Poder Legislativo. Por ela passam todos os projetos de leis e de decretos. Os membros desta comissão analisam, basicamente, a admissibilidade (legalidade) dos projetos. Em outras palavras, é a comissão que dá vazão aos trabalhos da Câmara. Os demais membros efetivos são: Benta Viegas Bouzada, a Suzi (Rede), e Solon Ferreira da Rocha Filho (MDB); suplente – Sidnei Pereira Silva (PPS).