sexta-feira, 16 de julho de 2021

PROIBIÇÃO DE AUMENTO DA ÁREA PLANTADA COM EUCALIPTO NO MUNICÍPIO

  

Documento apresentado na Câmara busca promover a diversificação de culturas e preservação das áreas de agropecuária

 



A proibição expressa de qualquer iniciativa destinada à expansão da área plantada com eucalipto, para promover a diversificação de culturas na área territorial do Município e proteger o meio ambiente, foi o conteúdo de Indicação apresentada pelo vereador Djalma Moreira durante reunião da Câmara.

 

Segundo o autor, “diante de eventual possibilidade de alteração na legislação em vigor, desde já queremos solicitar ao Prefeito Municipal o envio de Projeto de Lei a esta Casa, estabelecendo a proibição expressa de qualquer iniciativa destinada à expansão da área plantada com eucalipto, para promover a diversificação de culturas na área territorial do Município e assegurar a proteção ao meio ambiente.”

 

Em outras palavras, o vereador deixa claro que não quer o avanço da silvicultura, sobretudo da monocultura do eucalipto, que vem se expandindo cada vez mais em nosso país, devido à grande rentabilidade que é capaz de gerar para as grandes indústrias produtoras de celulose e papel.

 

Ambientalistas alertam que o aumento do plantio de eucalipto aumenta o risco de termos mais “desertos verdes”, devido aos efeitos que essa monocultura causa ao meio ambiente, com a desertificação do solo.

 

A proibição tem a finalidade de promover a diversificação de culturas e preservação das áreas de agropecuária. Nos últimos anos, além do plantio de hortaliças e legumes que já existia, destaca-se também a introdução de culturas novas em nossa região, como o café e pimenta-do-reino, além de mamão, cana-de-açúcar e outros plantios mais tradicionais. Não podemos deixar que o eucalipto tome conta de área superior à que já existe.

 

Está comprovado que o avanço da monocultura do eucalipto causa:

 

         Problemas ambientais;

         Ressecamento de pequenos afluentes que abastecem os rios e outras fontes hídricas existentes no entorno dessas grandes plantações;

 

         Concentração da terra, com expulsão imediata das pequenas famílias de agricultores que as venderam. O que mostra que as empresas não querem ficar dependentes de parcerias;

 

         Modelo de concentração da terra, de capital e da renda;

 

         Não gera emprego;

 

         Gera vazios populacionais.

 

            Por esses e outros motivos, o vereador acha imprescindível que o Poder Executivo elabore ações efetivas de prevenção e proteção ao meio ambiente e às famílias que vivem no campo, produzindo alimento, gerando renda e proporcionando oportunidades de emprego.

 

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