Documento apresentado na
Câmara busca promover a diversificação de culturas e preservação das áreas de
agropecuária
A proibição expressa de
qualquer iniciativa destinada à expansão da área plantada com eucalipto, para
promover a diversificação de culturas na área territorial do Município e
proteger o meio ambiente, foi o conteúdo de Indicação apresentada pelo vereador
Djalma Moreira durante reunião da Câmara.
Segundo o autor, “diante de
eventual possibilidade de alteração na legislação em vigor, desde já queremos
solicitar ao Prefeito Municipal o envio de Projeto de Lei a esta Casa,
estabelecendo a proibição expressa de qualquer iniciativa destinada à expansão
da área plantada com eucalipto, para promover a diversificação de culturas na
área territorial do Município e assegurar a proteção ao meio ambiente.”
Em outras palavras, o vereador
deixa claro que não quer o avanço da silvicultura, sobretudo da monocultura do
eucalipto, que vem se expandindo cada vez mais em nosso país, devido à grande
rentabilidade que é capaz de gerar para as grandes indústrias produtoras de
celulose e papel.
Ambientalistas alertam que o
aumento do plantio de eucalipto aumenta o risco de termos mais “desertos
verdes”, devido aos efeitos que essa monocultura causa ao meio ambiente, com a
desertificação do solo.
A proibição tem a finalidade
de promover a diversificação de culturas e preservação das áreas de
agropecuária. Nos últimos anos, além do plantio de hortaliças e legumes que já
existia, destaca-se também a introdução de culturas novas em nossa região, como
o café e pimenta-do-reino, além de mamão, cana-de-açúcar e outros plantios mais
tradicionais. Não podemos deixar que o eucalipto tome conta de área superior à
que já existe.
Está comprovado que o avanço
da monocultura do eucalipto causa:
Problemas ambientais;
Ressecamento de pequenos afluentes que abastecem os rios e
outras fontes hídricas existentes no entorno dessas grandes plantações;
Concentração da terra, com expulsão imediata das pequenas
famílias de agricultores que as venderam. O que mostra que as empresas não
querem ficar dependentes de parcerias;
Modelo de concentração da terra, de capital e da renda;
Não gera emprego;
Gera vazios populacionais.
Por esses e outros motivos, o vereador acha imprescindível
que o Poder Executivo elabore ações efetivas de prevenção e proteção ao meio
ambiente e às famílias que vivem no campo, produzindo alimento, gerando renda e
proporcionando oportunidades de emprego.
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