Vereador critica “serviço indevido” realizado pela Secretaria de Obras
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Pedido de Providência de autoria do vereador Edison Silva
de Mattos (Sula) deverá ser apresentado na semana que vem, durante reunião da
Câmara de Mucuri, no qual vai exigir da Administração medidas urgentes de
reparação dos danos ambientais causados por serviço indevido executado pela
Secretaria Municipal de Obras nas bordas e leito do córrego Água Boa, que corta
o distrito de Itabatã.
As fotos exibidas nesta matéria foram reproduzidas do site oficial da Prefeitura Municipal de Mucuri |
Sula explica:
“É do conhecimento de todos que, em gestões anteriores, a
Prefeitura Municipal, por intermédio da Secretaria do Meio Ambiente,
desenvolveu ações com a finalidade de conter o assoreamento do córrego Água Boa
e a proliferação de insetos, com a recuperação e proteção da vegetação nativa
existente. Porém, em maio deste ano, a Secretaria de Obras realizou uma
intervenção indevida nas bordas e no leito do córrego, sob alegação da
necessidade de limpeza e medidas de prevenção a transbordamentos.”
Diante do que o vereador chama de “procedimento
equivocado”, alega ser necessário que sejam colocadas em prática medidas
urgentes de reparação dos danos ambientais causados.
Com base em análise técnica, Sula recomenda medidas como:
1. A parte
aérea, para amortecer as águas das chuvas e servir como repelente;
2. O sistema
radicular (raízes), para reter matéria orgânica, areia e lixo, evitando-se que
tais materiais chegassem ao leito do córrego.
Como o
terreno é declivoso, e não tendo arvores para “segurar” o solo, buscou-se a
alternativa plantando essa vegetação para minimizar tais impactos.
“Acontece que, recentemente, além de as máquinas pesadas
da Prefeitura terem arrancado todas as arbóreas que estavam se desenvolvendo,
também raspou toda a espécie plantada, abrindo duas estradas de aproximadamente
3 metros de largura por 2 mil metros de extensão em toda margem do referido
córrego.”
Além disso, os serviços também aprofundaram o leito do
córrego, até então com água corrente, deixando-o muito abaixo dos bueiros, o
que tem represado uma mistura de dejetos humanos, águas pluviais e lixo de
todos os tipos, tornando se um gigantesco criadouro do mosquito Aedes aegypti,
que transmite a dengue, zika e chikungunya; culicoides, chamados popularmente
de “muruim” ou “porvinha” e principalmente culicidae, que é habitualmente
chamado de muriçoca ou pernilongos, que tem causado pânico, muito incomodo e
doenças aos moradores do seu entorno.
“Apelamos, então, pelo bom senso dos representantes do
Poder Executivo no sentido de drenar a água suja represada, recompor o solo
retirado do leito do córrego e revegetar as suas bordas com arbóreas e
gramíneas de rápido crescimento, em caráter de urgência-urgentíssima”, conclui
Sula.
Depois de apresentado na Câmara, se for aprovado, o
documento será encaminhado ao gabinete do prefeito.
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