terça-feira, 31 de maio de 2022

INSCRIÇÃO DE NANUQUE NA FILA ÚNICA DE PACIENTES PARA CIRURGIA BARIÁTRICA

Sidnei do Frisa cobra 

agilidade nas ações

 



O vereador Sidnei Pereira Silva, o Sidnei do Frisa, já protocolou documento na Câmara, no qual aciona o prefeito Gilson Coleta para que determine à Secretaria de Saúde cuidar dos procedimentos relativos à inscrição de Nanuque na fila única de pacientes que serão submetidos a cirurgia bariátrica no Estado de Minas Gerais.

 

PROJETO APROVADO

 

No dia 11 de maio, o Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou o Projeto de Lei (PL) nº 112/19, que dispõe sobre a fila única para a cirurgia bariátrica no Estado. A finalidade é garantir o acesso de toda a população mineira à cirurgia, organizando o fluxo de pacientes e contribuindo para uma assistência mais ágil.

 

“Por se tratar de um projeto novo, cuja lei será sancionada pelo Governo do Estado, cabe ao Município ficar atento aos procedimentos que devem ser adotados, com a inscrição dos pacientes de Nanuque que tiveram indicação da mencionada cirurgia para tratamento da obesidade”, alertou Sidnei.

 

 

Cirurgia bariátrica

(redução do estômago)

 



A cirurgia bariátrica é um procedimento indicado para tratar casos de obesidade grave. Ela ficou conhecida como “redução do estômago” porque muda a forma original do órgão e reduz sua capacidade de receber alimentos, dificultando a absorção de um número exagerado de calorias.

 

*A obesidade é o excesso de gordura no corpo, em quantidade que provoque prejuízos à saúde. É uma enfermidade com variadas causas, dentre elas:

 

– ingestão excessiva de alimentos;

– falta de atividade física;

– tendência genética;

– problemas hormonais.

 

Uma pessoa não operada tem espaço para consumir aproximadamente de 1 litro a 1,5 litro de alimentos. Já um estômago pós-bariátrica tem capacidade para 25 ml a 200 ml (equivalente a um copo americano). A cirurgia afeta ainda a produção do hormônio da saciedade, o que diminui a vontade de comer, mas a redução da capacidade é a principal responsável pelo emagrecimento.

 

A cirurgia bariátrica é recomendada para indivíduos obesos com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40, por exemplo, uma pessoa de 1,70 metro e 116 quilos ou pessoas que tenham IMC acima de 35, por exemplo, uma pessoa de 1,70 metro e 102 quilos que tenha doenças associadas, como diabetes, colesterol alto, hipertensão, hérnia de disco, esteatose hepática (gordura no fígado), entre outras.

 

Atualmente, as técnicas mais utilizadas são:

 

– Sleeve ou manga: é o método que retira parte do estômago sem alterar o intestino. Normalmente é recomendada para pacientes que apresentem um quadro menos grave de obesidade.

 

– Método de bypass: nesse método o estômago é reduzido com cortes ou grampos e é feita uma alteração no intestino para reconectá-lo à parte do estômago que irá permanecer funcional.

 

No Brasil, o método de bypass é realizado em 70% das cirurgias, sendo o mais praticado no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

A bariátrica costuma ser um procedimento seguro, mas é preciso seguir os cuidados pós-cirurgia para evitar complicações e efeitos colaterais.

 

O que interfere mais no pós-cirúrgico é o modo como a cirurgia é realizada, que pode ser de duas formas:

 

– laparoscopia: por meio de um pequeno orifício no abdômen;

– aberta: através de um corte de 30 centímetros.

 

Os cuidados são praticamente os mesmos, mas no caso do método aberto, o paciente deve ficar em repouso por mais tempo para que a cicatrização ocorra adequadamente. Quem fez a cirurgia por esse método também deve utilizar uma cinta ou faixa abdominal pelo período indicado pelo médico para evitar que os pontos se soltem.

 

Nos primeiros dias, o maior desafio é conciliar nutrição e hidratação adequadas com um estômago que passou a ser muito pequeno. A quantidade de água recomendada tradicionalmente, de dois a três litros por dia, continua valendo, mas o paciente precisa fazer a ingestão em porções muito pequenas, tomadas várias vezes ao longo do dia. Há pacientes que são orientados a tomar quantidades da ordem de 50 ml a cada 30 minutos, por exemplo.

 

Quanto à alimentação, o paciente deve seguir dieta líquida durante 15 dias, passando para uma dieta pastosa ou branda até ser liberado para a dieta sólida. Em geral, essa fase demora 30 dias.

 

Durante seis semanas, o paciente também não deve fazer grandes esforços. Por outro lado, a recomendação não deve ser entendida como desculpa para não se movimentar. Pelo contrário, é essencial se manter ativo e fazer leves caminhadas.

 

Estado emocional e cirurgia bariátrica:

 

A avaliação psicológica é um procedimento obrigatório para quem quer fazer a cirurgia bariátrica. É através dela que os especialistas auxiliam os pacientes a diferenciarem “o que é fome” e “o que é vontade de comer”, por exemplo. Além disso, também avaliam a presença de transtornos como a depressão, a ansiedade e a compulsão alimentar, sendo acompanhados por vários profissionais de saúde, como nutricionista, endocrinologista, gastroenterologista, psicólogo, entre outros.

 

Embora a perda de peso seja rápida, há risco de o paciente recuperar o peso. Quem passou pela cirurgia bariátrica tem dificuldade de comer em excesso porque o estômago não consegue comportar grandes quantidades de alimentos, mas é necessário praticar exercícios e seguir um acompanhamento com a equipe de saúde.

 

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

 

Fontes: 

Dr. Dráuzio Varella

Jornal da Universidade de São Paulo (USP)

Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

 

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