Investimento pode gerar dezenas de novos empregos para
moradores do Município
A empresa Suzano vai passar os próximos meses preparando
sua chegada ao varejo brasileiro. Em uma reorganização recente, a fabricante de
papel e celulose criou uma divisão dedicada aos bens de consumo, com o objetivo
de lançar uma marca – ainda não definida – nas lojas a partir de janeiro de
2018. Os preparativos vão resultar no lançamento de uma marca própria de papel
higiênico para conquistar o mercado nacional.
Para preparar o terreno para esse novo negócio, a
companhia investiu R$ 540 milhões. Renovou equipamentos de duas fábricas e
contratou executivos com passagens por multinacionais, como Unilever e Kimberly
Clark. Entusiasmado com a notícia, o vereador Hélio Alvarenga Penha, o Dr. Hélio,
já prepara termo de proposta à presidência da empresa, para que, dentro dos
investimentos, possa ser montada uma grande matriz de distribuição e venda aqui
em Mucuri.
“Em vez de centralizar o esquema de distribuição e vendas
em outras cidades, por que não prestigiar Mucuri? Prestigiar o município que,
quase 30 anos atrás, abriu as portas e os braços para receber a unidade
industrial da antiga Bahia Sul Celulose?”, questiona Hélio.
Na sua avaliação, uma megadistribuidora em Mucuri iria
abrir dezenas de oportunidades de emprego, de vários níveis, e ainda incentivar
pessoas da cidade a atuarem na área de vendas. “Pensei nessa proposta, mas acho
que ela precisa ser fortalecida por opiniões de outros vereadores, de
comerciantes locais e, é claro, do prefeito Carlos Simões. Podemos fazer uma
grande corrente nesse sentido”, admitiu o vereador. "De minha parte, já vou encaminhar documento direto ao presidente Walter Schalka. Não se pode perder tempo nessas horas!".
IDEIA DE HÉLIO É ACIONAR IMEDIATAMENTE O PRESIDENTE WALTER SCHALKA |
O brasileiro Flávio Prado, ex-presidente da Unilever no
México, é o nome que vai comandar o lançamento de uma linha de papel higiênico.
A produção começa neste trimestre, ainda voltada para o atacado. Mas, segundo o
presidente da Suzano, Walter Schalka, os primeiros itens destinados para o
varejo começarão a ser produzidos no fim do ano, com lançamento previsto para
janeiro de 2018.
O executivo diz que, neste momento, estão sendo montadas
as equipes de distribuição e marketing da Suzano. Depois disso, será criada uma
nova marca, vendida diretamente ao consumidor – hoje, o relacionamento da
Suzano está restrito a outras empresas, com pouco contato com pessoas físicas.
Segundo Schalka, o mercado de papel higiênico será apenas
o primeiro passo da estratégia de bens de consumo da companhia. “Buscaremos
outras formas de rentabilizar os ativos que já temos”, diz ele. A ideia é fazer
investimentos relativamente baixos para criar novas opções de receita. Após a
linha de papel higiênico, a Suzano pretende lançar no varejo outros derivados
de “tissue”, como lenços de papel e guardanapos.
Como o objetivo da companhia é lançar sua marca
primeiramente nos mercados do Norte e do Nordeste, as fábricas que receberam o
investimento para produzir papel “tissue” foram as de Mucuri (BA) e Imperatriz
(MA). Schalka diz que a divisão de consumo da Suzano poderá buscar outras
alternativas de produtos para se relacionar diretamente com o consumidor. “Não
somos ‘experts’ ainda, mas já vamos começar nesse setor jogando”, diz ele. “O
objetivo é que nossa nova marca chegue a milhões de residências.”
Segundo a consultoria Euromonitor, o mercado de papel
higiênico deve movimentar R$ 7,1 bilhões em 2017, com previsão de expansão de
1,8% sobre o resultado de 2016. As cinco principais marcas somam 44% do setor –
o que evidencia ainda uma pulverização. As cinco principais marcas do setor são
Personal, Mili, Neve, Paloma e Sublime, informou a Euromonitor.
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