Depois de apresentar indicação na Câmara, alertar a
sociedade para o problema e, por último, entregar ofício ao governador Fernando
Pimentel, agora o vereador Gilmar dos Santos Pereira, o Alemão, faz apelo à
maior liderança do seu partido – Solidariedade – no estado, o deputado federal
José Silva Soares, o Zé Silva, buscando desesperadamente que sejam tomadas
providências para a reativação da unidade industrial da Alcana – Destilaria de
Álcool Nanuque S.A.
ALEMÃO: INSISTÊNCIA E PERSISTÊNCIA |
A fábrica foi fechada há menos de quatro anos, quando empregava
diretamente mais de 1.200 funcionários, além de 600 funcionários indiretamente,
provendo sustento para cerca de 8.000 pessoas em nossa comunidade.
INÍCIO DAS
OPERAÇÕES HÁ 31 ANOS
Historicamente, Alemão lembra que foi em 1986, ou seja,
31 anos atrás, a primeira safra da usina. Foi um marco para Nanuque e região,
dentro do antigo Programa Nacional do Álcool – o Proálcool, trazendo
desenvolvimento e injeção de recursos, com geração de empregos tanto na
indústria quanto no campo, que até então consistia basicamente na pecuária
extensiva.
Durante a primeira onda de aquisições de ativos no setor
sucroalcooleiro, no ano 2006, o então recém-constituído Grupo Infinity
Bio-Energy estendeu seu raio de ação aos municípios do nordeste de MG, norte do
ES e extremo sul da BA, com aquisição de várias unidades produtivas, entre elas
a Alcana. Com a crise no setor, de 2008 a 2013, a situação da empresa foi se
deteriorando ano a ano. A Alcana deixou de pagar fornecedores de
cana-de-açúcar, atrasando os pagamentos com fornecedores de materiais, e,
principalmente, promovendo a demissão em massa de seus funcionários, alguns com
mais de 15 anos de dedicação ao emprego.
No ano de 2013, encerraram-se as atividades e, como
consequência, milhares de famílias estão atravessando dificuldades, sem
esperanças de realocação empregatícia, já que muitos possuem habilidades e
treinamentos específicos, incompatíveis com a deprimida situação econômica
regional, que possui um dos mais baixos IDH de Minas Gerais.
DEPUTADO ZÉ SILVA |
A situação mais grave talvez seja a do suprimento de
cana-de-açúcar, uma vez que não se realizam mais plantios, e os poucos
fornecedores restantes próximos, já cansados dessa situação, firmaram contratos
de longo prazo com outras unidades ou erradicaram os canaviais, migrando para
outras culturas. Tal situação inviabilizou completamente as unidades, que
dependem de matéria-prima num raio próximo das usinas para realizarem uma
operação lucrativa.
Alemão argumentou: “Não posso sossegar nem desistir. Vou
continuar mostrando a grande perda socioeconômica que Nanuque e região tiveram
com o fechamento da Alcana. Os reflexos permanecem até hoje, principalmente no
comércio a no número de desempregados”.
“É necessário que haja uma intervenção precisa e radical do
poder público, em parceria com a iniciativa privada, buscando-se mecanismos de
reativação da Alcana. Estou mobilizando o nosso deputado Zé Silva e continuarei
acionando políticos e empresários da região para a gravidade do problema”,
finalizou o vereador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário