O vereador Sidnei Pereira Silva, o Sidnei do Frisa,
aplaudiu a decisão do plenário da Câmara dos Deputados, que aprovou na noite
desta quarta-feira (20) destaque proposto pelo PPS adiando o fim das coligações
nas eleições proporcionais para a partir de 2020. Antes, o prazo para a mudança
era 2018. Votaram favoravelmente ao texto do partido 348 deputados; outros 87
foram contrários e apenas quatro se abstiveram. A votação final do texto da
reforma política ficou para a próxima terça-feira.
SIDNEI: COLIGAÇÕES AGRIDEM |
“Esse modelo de coligações já mostrou que é ultrapassado
e agride até mesmo a consciência do eleitor”, comentou Sidnei. “O eleitor vota
em um candidato de um partido e os seus votos acabam elegendo candidato de
outra legenda. Às vezes, uma coligação junta dois, três, quatro, cinco ou mais
partidos, cada um com uma conduta diferente, só com a intenção de eleger o maior número de candidatos. A eleição
passa, a coligação se desfaz, e a esculhambação partidária continua. O fim das
coligações vai moralizar as disputas eleitorais. Tem que acabar com isso mesmo.”
ADAPTAÇÃO
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire
(SP), disse que a extensão do prazo é importante porque proporciona um tempo
para que os partidos se adaptem. Analisando a reforma política, ele afirmou que
“estamos avançando na reforma política e nesse sentido eu diria à sociedade
brasileira que não fizemos a reforma devida, mas fizemos algo que significa
aprimorar um pouco o nosso processo político-eleitoral”, afirmou.
Freire disse que adiamento do fim das coligações dará mais tempo para partidos se adaptarem |
O líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA),
ressaltou que “as coligações partidárias nas eleições proporcionais no Brasil
são uma anomalia”. Ele lembrou que muitas vezes um candidato com pouco voto é
carregado, por causa dessas coligações, por outro candidato bom de voto ou um
partido, “numa distorção muito grande”.
“Essas coligações têm base na promiscuidade: negociata
por tempo de televisão, troca por cargos em ministérios ou mesmo ministérios e
também secretarias de governo, numa verdadeira distorção do processo
eleitoral”, analisou Jordy. Segundo ele, com o adiamento até 2020, os partidos
terão tempo de se organizarem em suas estratégias e em seus planejamentos.
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