terça-feira, 31 de julho de 2018

LEI PROÍBE TESTES COM ANIMAIS EM MINAS GERAIS


Vereador Aranha criticou governador Pimentel, que perdeu o prazo para sancionar a lei aprovada na Assembleia

Experimentos em animais já
foram proibidos em outros
cinco estados
Arquivo ALMG - Foto: Pollyanna Maliniak

O vereador Antonio Carlos Aranha Ruas (PSD), idealizador de projeto de lei que institui o Programa de Valorização de Protetores e Cuidadores de Animais soltos ou abandonados no Município de Nanuque, em tramitação na Câmara, elogiou a publicação Diário da Assembleia Legislativa de MG (ALMG), quinta-feira passada (26/7), da Lei 23.050/2018, que proíbe o uso de animais para desenvolvimento, experimento e teste de perfumes e produtos cosméticos e de higiene pessoal. A lei entrou em vigor com a publicação.



O governador Fernando Pimentel, que deveria ter sancionado a lei, perdeu o prazo, o que motivou a promulgação da norma pelo presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (MDB). “Não entendo a razão de o governador ter perdido o prazo para transformar em lei o projeto que já havia sido aprovado pelos deputados. Só sei que o que ele fez pegou muito mal”, comentou o vereador.

O texto tramitou na ALMG como Projeto de Lei (PL) 2.844/15, mas foi posteriormente vetado pelo governador, só que o veto foi derrubado em Plenário na Casa Legislativa no dia 17 de julho. Por isso, o governador tinha um prazo de 48 horas para sancionar a proposição e, como não o fez, coube ao presidente da ALMG a promulgação.

O QUE DIZ A LEI


A lei traz a definição dos produtos que não poderão mais ser testados em animais: preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas de uso externo nas diversas partes do corpo humano, como pele, cabelos, unhas, lábios, órgãos genitais, dentes e mucosas, com o objetivo de limpá-las, perfumá-las, alterar sua aparência, modificar odores corporais, protegê-las ou mantê-las em bom estado.

Quem descumprir essas determinações estará sujeito a penalidades previstas na Lei 7.772, de 1980, que regulamenta as sanções relacionadas a violações das normas de proteção ambiental. Segundo os autores da lei, o principal objetivo é impedir maus-tratos a animais que seriam recorrentes nesses procedimentos.

Ainda de acordo com os parlamentares, esses testes são dispensáveis, tendo em vista que já foram abolidos por empresas nacionais e internacionais. Eles lembram que os testes com animais pela indústria de cosméticos estão proibidos na Europa desde 2009.

No Brasil, esses experimentos já foram banidos em cinco estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Amazonas e Pará. (Fonte: ALMG)

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