segunda-feira, 13 de agosto de 2018

PASSE LIVRE PARA ATIRADORES DO TG AINDA NÃO SAIU DO PAPEL


Cinco meses depois, idealizador da medida cobra ação do prefeito para imediato cumprimento da lei

Sidnei: inconformado

Decorridos cinco meses da publicação da Lei Municipal nº 2.414, que estabelece a gratuidade no transporte coletivo urbano aos atiradores do Tiro de Guerra 04-035, até hoje os seus efeitos não aconteceram de fato. Inconformado com a demora, o vereador Sidnei Pereira da Silva, o Sidnei do Frisa, encaminhou ofício ao prefeito Roberto de Jesus, no qual questiona a falta de ação do Executivo.


No dia 12 de março, a Câmara aprovou o Projeto de Lei nº 008/2018, idealizado por Sidnei em Indicação. Naquele momento, o vereador chegou a desabafar: “Confesso que fiquei chateado, pois o projeto deveria ter sido aprovado em 2017, mas, tudo bem, existem essas burocracias mesmo, o importante é que agora o projeto foi aprovado e vai se transformar em lei municipal logo logo”. A lei foi sancionada, mas nada aconteceu.


O documento foi aprovado por unanimidade pelos vereadores. Estiveram presentes na Câmara, acompanhando a tramitação do documento, o subtenente Custódio Edson de Paula, comandante do TG, e cerca de 30 atiradores. “Quero saber do prefeito o que está acontecendo e por que a lei não está sendo rigorosamente cumprida. Lei é lei, direitos são direitos”.


NOSSO TG

O Tiro de Guerra 04-035, unidade do Exército Brasileiro em Nanuque, está completando 42 anos de atuação no Município, desde quando foi instalado em 1976, mas pela primeira vez um vereador chamou a atenção para o assunto. Quando idealizou o documento, Sidnei justificou que a maior parte dos jovens que servem o Tiro de Guerra origina-se de famílias de baixa renda, daí o gasto com transporte que pesa bastante no orçamento mensal.

Sidnei e o comandante do TG,
subtenente Edson

De acordo com a lei, os atiradores terão direito à gratuidade nos coletivos se estiverem fardados e comprovarem que realmente estão no restrito cumprimento do Serviço Militar Obrigatório, por meio de carteira a ser emitida por órgão determinado pelo Poder Executivo.

Quando apresentou a Indicação, ano passado, Sidnei explicou: “Veja, por exemplo, um atirador que mora no bairro UDR, região noroeste de Nanuque, e precisa ir ao outro extremo que é a região sul, onde fica o Tiro de Guerra, na Vila Nova. Se for uma vez por dia de ônibus, vai gastar 6 reais. Multiplicando-se por sete dias da semana, serão 42 reais, chegando a 168,00 no final do mês. A distância de um bairro ao outro é longa. Dependendo do local onde mora, terá de caminhar até 10 quilômetros por dia, de uniforme e calçando coturno. Por isso, o passe livre é mais que justo. Falo com convicção, porque também já servi o Exército na turma de 1984, mais de 30 anos atrás."

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