Famílias de pequenos produtores rurais de Nanuque devem
se engajar nessa nova dinâmica
Com o perigo dos agrotóxicos, cada vez mais produtores
investem na produção de orgânicos. Uma boa alternativa é o chamado Sistema
Participativo de Garantia (SPG), um tipo de certificação feita por uma rede de
produtores e colaboradores capacitados e comprometidos com as exigências do
Ministério de Agricultura, Pecuária, Abastecimento (Mapa).
O assunto deverá ser levado pelo vereador Gilson Coleta
Barbosa ao deputado federal Eros Biondini, diante da necessidade de incluir as
famílias de pequenos produtores rurais de Nanuque. Com apoio da Emater-MG, a
ideia é proporcionar um espaço de interação entre o setor público e a sociedade
civil. “Nossos agricultores precisam se informar a respeito, por isso precisam
de orientação técnica e apoio”, disse ele.
Certificação por
SPG
A certificação da propriedade pelo SPG é feita por um
Organismo Participativo de Garantia da Qualidade Orgânica (Opac), que é gerido
pelos produtores e colaboradores e credenciado pelo Mapa. O grupo de
colaboradores é formado por consumidores, instituições de pesquisa e extensão
rural e escolas, por exemplo.
Na primeira etapa, as propriedades candidatas à
certificação são visitadas por produtores e colaboradores para verificar as
conformidades do processo de produção e analisar as condições ambientais e
sociais. Uma segunda visita acontece para que os proprietários demonstrem que a
atividade e a propriedade estão de acordo com a legislação. Produtores e
colaboradores que participam do processo analisam e concluem pela concessão ou
não do Selo de Orgânicos do Brasil.
Experiência
bem-sucedida
No Sul de Minas, agricultores assistidos pela Emater-MG
apostaram no sistema participativo de certificação e vêm obtendo bons
resultados. Eles são membros da Orgânicos Sul de Minas (OSM), que congrega
atualmente 15 núcleos (associações e cooperativas), envolvendo cerca de 500
produtores, sendo que 209 são certificados. O grupo comercializa seus produtos
para São Paulo e a região Sul de Minas. “Valeu muito optar por esse tipo de
certificação, principalmente pela troca de experiências que a gente tem dentro
do sistema, ampliando o nosso conhecimento sobre alimentos agroecológicas e
divulgando isso na região”, relatou a presidente da OSM, Letícia Osório
Bustamante.
O SPG é uma das melhores estratégias de assistência
técnica, porque se trabalha com agricultores organizados e com objetivos comuns.
Além disso, é incorporado nesse processo o compartilhamento e construção de
conhecimento”, afirma.
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