Sidnei do Frisa cobra
agilidade nas ações
O vereador Sidnei Pereira
Silva, o Sidnei do Frisa, já protocolou documento na Câmara, no qual aciona o
prefeito Gilson Coleta para que determine à Secretaria de Saúde cuidar dos procedimentos
relativos à inscrição de Nanuque na fila única de pacientes que serão
submetidos a cirurgia bariátrica no Estado de Minas Gerais.
PROJETO APROVADO
No dia 11 de maio, o Plenário
da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou o Projeto de Lei (PL)
nº 112/19, que dispõe sobre a fila única para a cirurgia bariátrica no Estado.
A finalidade é garantir o acesso de toda a população mineira à cirurgia,
organizando o fluxo de pacientes e contribuindo para uma assistência mais ágil.
“Por se tratar de um projeto
novo, cuja lei será sancionada pelo Governo do Estado, cabe ao Município ficar
atento aos procedimentos que devem ser adotados, com a inscrição dos pacientes
de Nanuque que tiveram indicação da mencionada cirurgia para tratamento da
obesidade”, alertou Sidnei.
Cirurgia bariátrica
(redução do estômago)
A cirurgia bariátrica é um
procedimento indicado para tratar casos de obesidade grave. Ela ficou conhecida
como “redução do estômago” porque muda a forma original do órgão e reduz sua
capacidade de receber alimentos, dificultando a absorção de um número exagerado
de calorias.
*A obesidade é o excesso
de gordura no corpo, em quantidade que provoque prejuízos à saúde. É uma
enfermidade com variadas causas, dentre elas:
– ingestão excessiva de
alimentos;
– falta de atividade
física;
– tendência genética;
– problemas hormonais.
Uma pessoa não operada tem
espaço para consumir aproximadamente de 1 litro a 1,5 litro de alimentos. Já um
estômago pós-bariátrica tem capacidade para 25 ml a 200 ml (equivalente a um
copo americano). A cirurgia afeta ainda a produção do hormônio da saciedade, o
que diminui a vontade de comer, mas a redução da capacidade é a principal
responsável pelo emagrecimento.
A cirurgia bariátrica é
recomendada para indivíduos obesos com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de
40, por exemplo, uma pessoa de 1,70 metro e 116 quilos ou pessoas que tenham
IMC acima de 35, por exemplo, uma pessoa de 1,70 metro e 102 quilos que tenha
doenças associadas, como diabetes, colesterol alto, hipertensão, hérnia de
disco, esteatose hepática (gordura no fígado), entre outras.
Atualmente, as técnicas
mais utilizadas são:
– Sleeve ou manga: é o
método que retira parte do estômago sem alterar o intestino. Normalmente é
recomendada para pacientes que apresentem um quadro menos grave de obesidade.
– Método de bypass: nesse
método o estômago é reduzido com cortes ou grampos e é feita uma alteração no
intestino para reconectá-lo à parte do estômago que irá permanecer funcional.
No Brasil, o método de
bypass é realizado em 70% das cirurgias, sendo o mais praticado no Sistema
Único de Saúde (SUS).
A bariátrica costuma ser
um procedimento seguro, mas é preciso seguir os cuidados pós-cirurgia para
evitar complicações e efeitos colaterais.
O que interfere mais no
pós-cirúrgico é o modo como a cirurgia é realizada, que pode ser de duas
formas:
– laparoscopia: por meio
de um pequeno orifício no abdômen;
– aberta: através de um
corte de 30 centímetros.
Os cuidados são
praticamente os mesmos, mas no caso do método aberto, o paciente deve ficar em
repouso por mais tempo para que a cicatrização ocorra adequadamente. Quem fez a
cirurgia por esse método também deve utilizar uma cinta ou faixa abdominal pelo
período indicado pelo médico para evitar que os pontos se soltem.
Nos primeiros dias, o
maior desafio é conciliar nutrição e hidratação adequadas com um estômago que
passou a ser muito pequeno. A quantidade de água recomendada tradicionalmente,
de dois a três litros por dia, continua valendo, mas o paciente precisa fazer a
ingestão em porções muito pequenas, tomadas várias vezes ao longo do dia. Há
pacientes que são orientados a tomar quantidades da ordem de 50 ml a cada 30
minutos, por exemplo.
Quanto à alimentação, o
paciente deve seguir dieta líquida durante 15 dias, passando para uma dieta
pastosa ou branda até ser liberado para a dieta sólida. Em geral, essa fase
demora 30 dias.
Durante seis semanas, o
paciente também não deve fazer grandes esforços. Por outro lado, a recomendação
não deve ser entendida como desculpa para não se movimentar. Pelo contrário, é
essencial se manter ativo e fazer leves caminhadas.
Estado emocional e
cirurgia bariátrica:
A avaliação psicológica é
um procedimento obrigatório para quem quer fazer a cirurgia bariátrica. É
através dela que os especialistas auxiliam os pacientes a diferenciarem “o que
é fome” e “o que é vontade de comer”, por exemplo. Além disso, também avaliam a
presença de transtornos como a depressão, a ansiedade e a compulsão alimentar,
sendo acompanhados por vários profissionais de saúde, como nutricionista,
endocrinologista, gastroenterologista, psicólogo, entre outros.
Embora a perda de peso
seja rápida, há risco de o paciente recuperar o peso. Quem passou pela cirurgia
bariátrica tem dificuldade de comer em excesso porque o estômago não consegue
comportar grandes quantidades de alimentos, mas é necessário praticar
exercícios e seguir um acompanhamento com a equipe de saúde.
IMPORTANTE: Somente médicos
e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças,
indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em
Saúde possuem apenas caráter educativo.
Fontes:
Dr. Dráuzio Varella
Jornal da Universidade de
São Paulo (USP)
Sociedade Brasileira de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica
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