Instalação de dois ecopontos específicos para o descarte de
lixo tecnológico, em Nanuque, foi solicitada pelo vereador Antonio Carlos
Aranha Ruas (PSD) por meio de Indicação apresentada na Câmara, segunda-feira (10).
O autor, que é ambientalista, explica que lixo eletrônico
é o nome dado aos resíduos resultantes de equipamentos eletrônicos, como televisores,
aparelhos de som, rádios, computadores, geladeiras e, principalmente, aparelhos
de telefone celular e carregadores.
Tais resíduos, descartados em lixões, constituem-se num
sério risco para o meio ambiente, pois possuem em sua composição metais pesados
altamente tóxicos, tais como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo. Em contato com
o solo, estes produtos contaminam o lençol freático; se queimados, poluem o ar.
Além disso, causam doenças graves em catadores que sobrevivem da venda de
materiais coletados nos lixões.
Por isso, Aranha pediu ao prefeito que mobilize a Secretaria
de Meio Ambiente para a instalação de pelo menos dois ecopontos de coleta desse
tipo de lixo tecnológico, um em cada margem do Rio Mucuri, para que as pessoas
não descartem seus aparelhos ultrapassados em lixeiras comuns.
“A situação é mais grave do que se pensa. Por exemplo, um
computador comum tem vida útil de aproximadamente 4 anos. Depois, sem
utilidade, é jogado no lixo comum. Isso e um crime ambiental estúpido”, disse
Aranha.
DADOS
- O montante de sucata eletrônica produzida cresce 5% ao
ano. Cresce mais que a economia brasileira.
- Desde 2005, cada computador novo colocado nas
prateleiras corresponde a um outro computador jogado no lixo.
- Só para ter ideia, a cidade de Guiyu, na China, é
considerada a lixeira eletrônica do mundo. Seus habitantes não conseguem
encontrar água potável num raio de 50 quilômetros. Isso corresponde à área de
aproximadamente 25 mil estádios do Maracanã.
Para o autor, “trata-se de uma medida simples, de pouco
gasto por parte do Município, mas que dará um exemplo de conscientização
ambiental. Existem empresas e entidades que aproveitam esse lixo eletrônico de
forma ambientalmente correta. Dessa forma, futuros convênios podem ser
firmados, até com possibilidade de renda para os cofres públicos”, comentou
Aranha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário