Em Indicação a ser apresentada na reunião de
segunda-feira (2/10) na Câmara, com ofícios posteriores encaminhados ao governador Fernando
Pimentel e ao prefeito Roberto de Jesus, o vereador Sidnei Pereira Silva, o
Sidnei do Frisa, quer a participação de Nanuque no programa “Minas Reciclando
Atitudes, Repensando o Futuro”, que investe na organização de catadores de
recicláveis em empreendimentos da economia solidária.
Sidnei e equipe da Ascanuk |
Hoje, o programa está presente em 42 municípios mineiros,
estimulando 1.680 catadores à organização. “Nanuque tem a Ascanuk, que é a Associação
dos Catadores de Materiais Reciclados de Nanuque, constituída legalmente, com
CNPJ e tudo o mais, funcionando desde 2011. É uma associação que merece todo o
nosso apoio pela importância que tem em nosso convívio. É nossa obrigação
apoiar essa entidade”, comentou Sidnei, que esteve visitando a sede da
associação nesta quarta-feira (27).
A Ascanuk tem na presidência Celina Rodrigues dos Santos, ao lado dos demais integrantes da sua diretoria: Luciene Lemes Quaresma (vice-presidente), Maria da Conceição Gonçalves (serviços de secretaria), Helena Maria Guimarães Lopes (tesoureira), Hilda Souza Lima (vice-tesoureira) e Kariny Alvarenga dos Santos (operações de catadores).
Com a presidente e a vice |
A ação inclui apoio às prefeituras na articulação de uma
rede de atuação com resíduos sólidos e na implantação do sistema de coleta
seletiva do lixo.
NANUQUE NO MODELO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
Na estruturação do programa, a Sedese fez a opção de
realizá-lo em uma perspectiva de economia solidária. O governo mineiro estimula
a organização socioprodutiva dos catadores e busca incluí-los, de forma digna,
no mundo do trabalho.
“Os catadores de Nanuque precisam ser incluídos no grupo
dos 1.680 profissionais de reciclagem que são beneficiados em Minas Gerais”,
comenta Sidnei. Desse total, 70%, ou
seja, 1.176 pessoas, ainda fazem a catação em lixões ou nas ruas, caso de
Nanuque. Outras 504 pessoas (30%) já estavam organizadas em empreendimentos
solidários.
Fotos de arquivo da entidade |
Nas prefeituras, a Sedese conta com o apoio das secretarias
de Trabalho, Assistência Social e de Meio Ambiente. Se o Executivo municipal
contar com um órgão de Economia Solidária, este também é convidado a integrar
as ações do programa.
arquivo |
Cada município é convidado a organizar um comitê gestor
local, bem como um Fórum Municipal Lixo e Cidadania, integrando os órgãos que
lidam e dialogam com a temática na cidade com a sociedade civil.
Ações do programa
Na primeira etapa do programa, a Sedese sensibiliza e
mobiliza lideranças locais, representantes de associações e cooperativas, além
da busca de mais parceiros atentos à temática e que têm atuação nos municípios.
Neste período, é feito o mapeamento dos catadores em
situação de rua, nos lixões e aqueles que estão nos empreendimentos solidários
e lidando com resíduos sólidos urbanos. As comissões locais também foram
constituídas e agora estão em funcionamento.
Catadores da cidade de Muriaé: todos organizados |
Nos 42 municípios contemplados, a Sedese garante
investimento de apoio técnico, assessoria, formação e fomento aos grupos,
enquanto os municípios, após assinar o Termo de Adesão, disponibilizam no
mínimo dois técnicos para compor a equipe local do programa.
A Educcappe, uma empresa de consultoria educacional,
foi contratada para garantir a mobilização direta junto aos municípios e
elaborar um diagnóstico do trabalho dos catadores e catadoras de recicláveis. Todo
trabalho é coordenado pela Sedese.
Com previsão de conclusão da primeira etapa junto aos
municípios em dezembro deste ano, o programa prevê ainda a realização de um
seminário de avaliação no mesmo período.
A segunda fase do “Minas Reciclando Atitudes,
Repensando o Futuro” consiste na aquisição de kits de equipamentos para
destinação às cooperativas de catadores. Os kits serão compostos por balanças,
prensas, carrinhos, trituradores de papéis e empilhadeiras elétricas.
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