quarta-feira, 27 de setembro de 2017

SIDNEI BUSCA APOIO DO GOVERNO ESTADUAL EM DEFESA DOS CATADORES DE RECICLÁVEIS

Em Indicação a ser apresentada na reunião de segunda-feira (2/10) na Câmara, com ofícios posteriores encaminhados ao governador Fernando Pimentel e ao prefeito Roberto de Jesus, o vereador Sidnei Pereira Silva, o Sidnei do Frisa, quer a participação de Nanuque no programa “Minas Reciclando Atitudes, Repensando o Futuro”, que investe na organização de catadores de recicláveis em empreendimentos da economia solidária.

Sidnei e equipe da Ascanuk
Hoje, o programa está presente em 42 municípios mineiros, estimulando 1.680 catadores à organização. “Nanuque tem a Ascanuk, que é a Associação dos Catadores de Materiais Reciclados de Nanuque, constituída legalmente, com CNPJ e tudo o mais, funcionando desde 2011. É uma associação que merece todo o nosso apoio pela importância que tem em nosso convívio. É nossa obrigação apoiar essa entidade”, comentou Sidnei, que esteve visitando a sede da associação nesta quarta-feira (27).

A Ascanuk tem na presidência Celina Rodrigues dos Santos, ao lado dos demais integrantes da sua diretoria: Luciene Lemes Quaresma (vice-presidente), Maria da Conceição Gonçalves (serviços de secretaria), Helena Maria Guimarães Lopes (tesoureira), Hilda Souza Lima (vice-tesoureira) e Kariny Alvarenga dos Santos (operações de catadores).

Com a presidente e a vice
O “Minas Reciclando Atitudes, Repensando o Futuro” é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), em parceria com o Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) e com o Ministério do Trabalho. O programa tem base no reconhecimento da profissão, visibilidade ao trabalho, geração de renda e empreendedorismo na perspectiva de organização solidária.

A ação inclui apoio às prefeituras na articulação de uma rede de atuação com resíduos sólidos e na implantação do sistema de coleta seletiva do lixo.

NANUQUE NO MODELO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Na estruturação do programa, a Sedese fez a opção de realizá-lo em uma perspectiva de economia solidária. O governo mineiro estimula a organização socioprodutiva dos catadores e busca incluí-los, de forma digna, no mundo do trabalho.

“Os catadores de Nanuque precisam ser incluídos no grupo dos 1.680 profissionais de reciclagem que são beneficiados em Minas Gerais”, comenta Sidnei. Desse total,  70%, ou seja, 1.176 pessoas, ainda fazem a catação em lixões ou nas ruas, caso de Nanuque. Outras 504 pessoas (30%) já estavam organizadas em empreendimentos solidários.

Fotos de arquivo da entidade
Nas prefeituras, a Sedese conta com o apoio das secretarias de Trabalho, Assistência Social e de Meio Ambiente. Se o Executivo municipal contar com um órgão de Economia Solidária, este também é convidado a integrar as ações do programa.

arquivo
Cada município é convidado a organizar um comitê gestor local, bem como um Fórum Municipal Lixo e Cidadania, integrando os órgãos que lidam e dialogam com a temática na cidade com a sociedade civil.


Ações do programa


Na primeira etapa do programa, a Sedese sensibiliza e mobiliza lideranças locais, representantes de associações e cooperativas, além da busca de mais parceiros atentos à temática e que têm atuação nos municípios.

Neste período, é feito o mapeamento dos catadores em situação de rua, nos lixões e aqueles que estão nos empreendimentos solidários e lidando com resíduos sólidos urbanos. As comissões locais também foram constituídas e agora estão em funcionamento.

Catadores da cidade de Muriaé: todos organizados
Nos 42 municípios contemplados, a Sedese garante investimento de apoio técnico, assessoria, formação e fomento aos grupos, enquanto os municípios, após assinar o Termo de Adesão, disponibilizam no mínimo dois técnicos para compor a equipe local do programa.

A Educcappe, uma empresa de consultoria educacional, foi contratada para garantir a mobilização direta junto aos municípios e elaborar um diagnóstico do trabalho dos catadores e catadoras de recicláveis. Todo trabalho é coordenado pela Sedese.

Com previsão de conclusão da primeira etapa junto aos municípios em dezembro deste ano, o programa prevê ainda a realização de um seminário de avaliação no mesmo período.

A segunda fase do “Minas Reciclando Atitudes, Repensando o Futuro” consiste na aquisição de kits de equipamentos para destinação às cooperativas de catadores. Os kits serão compostos por balanças, prensas, carrinhos, trituradores de papéis e empilhadeiras elétricas.

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