quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

NANUQUE CONFIRMA 3º LUGAR EM NÚMERO DE MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS NAS REGIÕES MUCURI-JEQUITINHONHA

Vereador Gilson Coleta diz que posição pode ser considerada “muito boa” se comparada com outras cidades de igual porte 

Levantamento do Sebrae-MG sobre o número de Microempreendedores Individuais (MEI) no estado, concluído em dezembro, mostra que, considerando as duas regiões do nordeste mineiro - Vale do Mucuri e Vale do Jequitinhonha -, Nanuque ocupa o terceiro lugar em número de MEI formalizados ano passado, com 2.204.

No total, os dois vales possuem 74 municípios - 23 do Vale do Mucuri e 51 do Jequitinhonha. Nanuque só fica abaixo de Teófilo Otoni, 1º lugar, com 5.460 formalizações, e Diamantina (2.409).

Para o vereador Gilson Coleta Barbosa, que profissionalmente é um dos contabilistas de maior clientela na cidade, a posição de Nanuque pode ser considerada “muito boa”.

GILSON: ANALISANDO NÚMEROS
“Veja o caso de Teófilo Otoni, que, de acordo com estimativa do IBGE, tem uma população de 141.934 habitantes, ou seja, quase três vezes e meia a população de Nanuque, que é de 41.787 hab. Lá, foram registradas 5.460 formalizações de Microempreendedores Individuais, o que corresponde a 3,85% da população. Já em Nanuque, com 2.204 formalizados em 2017, o índice alcança 5,27%. Portanto, analisando esses números, pode-se dizer que o desempenho de Nanuque foi muito bom”, explicou Gilson.

Para ele, o total de MEI demonstra que “a cidade não está parada, aqui o fluxo fica até acima da média de outras regiões. São pessoas que buscam regularizar suas atividades profissionais”.

Em 2017, mais 122,5 mil mineiros se formalizaram como Microempreendedores Individuais

Em quatro anos, o número de Microempreendedores Individuais (MEI) aumentou 69% em Minas Gerais.  Até o final de 2017, já eram mais de 852 mil formalizados, 349 mil a mais que no mesmo período de 2014. De acordo com um levantamento feito pelo Sebrae Minas, o estado representa 10,8% do número de MEI dos mais de 4,6 milhões em todo o país. 

CENÁRIO ECONÔMICO

O cenário econômico foi um dos fatores que pode ter contribuído para o aumento considerável do número de formalizados no estado.  “Com o aumento do desemprego, muitas pessoas encontraram no empreendedorismo uma alternativa para driblar a crise, sendo dono do seu próprio negócio”, explica a analista do Sebrae Minas, Tania Mara De Nardi.

TANIA MARA, ANALISTA DO SEBRAE-MG
Minas Gerais continua ocupando o terceiro lugar no ranking dos estados com o maior número de formalizados, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Somente em 2017, 122,5 mil mineiros se tornaram MEI, um aumento de 16% se comparado ao ano anterior em que 109,6 mil empreendedores se formalizaram.  

O Centro (321.538 MEI), Zona da Mata e Vertentes (103.961) e Sul de Minas (96.899) são as regiões que concentraram mais da metade (61%) dos formalizados no estado e juntos somam mais de 522 mil MEI.

No ranking das 10 cidades mineiras com maior número de formalizações estão: Belo Horizonte (151.663), Contagem (35.835), Uberlândia (32.824), Juiz de Fora (25.384), Betim (21.120), Montes Claros (15.766), Ribeirão das Neves (13.819), Divinópolis (13.811), Ipatinga (13.170) e Governador Valadares (12.869).

CABELEIREIROS SUPERAM COMÉRCIO VAREJISTA

Em relação às atividades com maior concentração de formalizados, a ocupação de cabeleireiro, que nos anos anteriores era a segunda maior em número de MEI no estado, em 2017, superou a de Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (73.626 MEI) e fechou o ano com 75.271 formalizados.

Comparando os empreendimentos que optaram pelo Simples Nacional até dezembro de 2017, que totalizaram cerca de 1,3 milhão de empresas, 60% eram MEI, ultrapassando assim o número de micro e pequenas empresas mineiras registradas no estado (519.229). 

Formalização

Os MEI são trabalhadores que faturam até R$ 81 mil por ano, não têm participação em outra empresa como sócio ou titular, têm até um empregado contratado e desempenham uma das 370 atividades permitidas. 

Entre as obrigações do MEI está o pagamento do boleto mensal (DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional) com o valor fixo de R$ 48,70 (comércio e/ou indústria), R$ 52,70 (prestação de serviços) ou R$ 53,70 (comércio e/ou indústria com serviços), que deve ser pago até o dia 20 de cada mês, e é destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ISS. Essas quantias são atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.

Quem opta por ser MEI passa a ter o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e acesso aos benefícios do INSS. Também pode contratar até um funcionário que receba até um salário mínimo. O processo de formalização é rápido e pode ser feito de forma gratuita no Portal do Empreendedor, no campo “Fomalize-se”. “Ao se formalizar, o MEI pode emitir nota fiscal e participar de licitações públicas, ter acesso mais fácil a empréstimos, fazer vendas por meio de máquinas de cartão de crédito, entre outras vantagens”, explica a analista do Sebrae Minas.


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