Vereador Gilson Coleta diz que posição pode ser
considerada “muito boa” se comparada com outras cidades de igual porte
Levantamento do Sebrae-MG sobre o número de
Microempreendedores Individuais (MEI) no estado, concluído em dezembro, mostra
que, considerando as duas regiões do nordeste mineiro - Vale do Mucuri e Vale
do Jequitinhonha -, Nanuque ocupa o terceiro lugar em número de MEI
formalizados ano passado, com 2.204.
No total, os dois vales possuem 74 municípios - 23 do
Vale do Mucuri e 51 do Jequitinhonha. Nanuque só fica abaixo de Teófilo Otoni,
1º lugar, com 5.460 formalizações, e Diamantina (2.409).
Para o vereador Gilson Coleta Barbosa, que
profissionalmente é um dos contabilistas de maior clientela na cidade, a posição
de Nanuque pode ser considerada “muito boa”.
GILSON: ANALISANDO NÚMEROS |
“Veja o caso de Teófilo Otoni, que, de acordo com
estimativa do IBGE, tem uma população de 141.934 habitantes, ou seja, quase
três vezes e meia a população de Nanuque, que é de 41.787 hab. Lá, foram
registradas 5.460 formalizações de Microempreendedores Individuais, o que
corresponde a 3,85% da população. Já em Nanuque, com 2.204 formalizados em
2017, o índice alcança 5,27%. Portanto, analisando esses números, pode-se dizer
que o desempenho de Nanuque foi muito bom”, explicou Gilson.
Para ele, o total de MEI demonstra que “a cidade não está
parada, aqui o fluxo fica até acima da média de outras regiões. São pessoas que
buscam regularizar suas atividades profissionais”.
Em 2017, mais 122,5 mil mineiros se formalizaram como
Microempreendedores Individuais
Em quatro anos, o número de Microempreendedores
Individuais (MEI) aumentou 69% em Minas Gerais.
Até o final de 2017, já eram mais de 852 mil formalizados, 349 mil a
mais que no mesmo período de 2014. De acordo com um levantamento feito pelo
Sebrae Minas, o estado representa 10,8% do número de MEI dos mais de 4,6
milhões em todo o país.
CENÁRIO ECONÔMICO
O cenário econômico foi um dos fatores que pode ter
contribuído para o aumento considerável do número de formalizados no
estado. “Com o aumento do desemprego,
muitas pessoas encontraram no empreendedorismo uma alternativa para driblar a
crise, sendo dono do seu próprio negócio”, explica a analista do Sebrae Minas,
Tania Mara De Nardi.
TANIA MARA, ANALISTA DO SEBRAE-MG |
Minas Gerais continua ocupando o terceiro lugar no
ranking dos estados com o maior número de formalizados, atrás apenas de São
Paulo e Rio de Janeiro. Somente em 2017, 122,5 mil mineiros se tornaram MEI, um
aumento de 16% se comparado ao ano anterior em que 109,6 mil empreendedores se
formalizaram.
O Centro (321.538 MEI), Zona da Mata e Vertentes
(103.961) e Sul de Minas (96.899) são as regiões que concentraram mais da
metade (61%) dos formalizados no estado e juntos somam mais de 522 mil MEI.
No ranking das 10 cidades mineiras com maior número de
formalizações estão: Belo Horizonte (151.663), Contagem (35.835), Uberlândia
(32.824), Juiz de Fora (25.384), Betim (21.120), Montes Claros (15.766),
Ribeirão das Neves (13.819), Divinópolis (13.811), Ipatinga (13.170) e
Governador Valadares (12.869).
CABELEIREIROS SUPERAM COMÉRCIO VAREJISTA
Em relação às atividades com maior concentração de
formalizados, a ocupação de cabeleireiro, que nos anos anteriores era a segunda
maior em número de MEI no estado, em 2017, superou a de Comércio varejista de
artigos do vestuário e acessórios (73.626 MEI) e fechou o ano com 75.271
formalizados.
Comparando os empreendimentos que optaram pelo Simples
Nacional até dezembro de 2017, que totalizaram cerca de 1,3 milhão de empresas,
60% eram MEI, ultrapassando assim o número de micro e pequenas empresas mineiras
registradas no estado (519.229).
Formalização
Os MEI são trabalhadores que faturam até R$ 81 mil por
ano, não têm participação em outra empresa como sócio ou titular, têm até um
empregado contratado e desempenham uma das 370 atividades permitidas.
Entre as obrigações do MEI está o pagamento do boleto
mensal (DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional) com o valor fixo de
R$ 48,70 (comércio e/ou indústria), R$ 52,70 (prestação de serviços) ou R$
53,70 (comércio e/ou indústria com serviços), que deve ser pago até o dia 20 de
cada mês, e é destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ISS. Essas quantias
são atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.
Quem opta por ser MEI passa a ter o Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ) e acesso aos benefícios do INSS. Também pode contratar
até um funcionário que receba até um salário mínimo. O processo de formalização
é rápido e pode ser feito de forma gratuita no Portal do Empreendedor, no campo
“Fomalize-se”. “Ao se formalizar, o MEI pode emitir nota fiscal e participar de
licitações públicas, ter acesso mais fácil a empréstimos, fazer vendas por meio
de máquinas de cartão de crédito, entre outras vantagens”, explica a analista
do Sebrae Minas.
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